Vivemos num mundo repleto de desigualdades sociais e que, não por acaso, tem como alicerce a cultura de consumo. À medida que cresce o lucro baseado no descartável, nas tecnologias obsoletas e no "novo a qualquer custo", essas desigualdades também se ampliam, assim como os danos ao meio ambiente e outros fatores de risco às pessoas e ao planeta.

A reciclagem, por si só, não é a solução dos nossos problemas. No entanto, é um importante recurso que nos ajuda a minimizar os danos já causados ao mundo e a trilhar um caminho mais sustentável nos aspectos ambientais e sociais.

Quanto mais responsável for a nossa forma de consumir e quanto mais reciclagem houver, menos poluição ambiental e exploração de recursos naturais ocorrerão.

Quanto mais o ciclo da reciclagem se fortalecer, mais caminharemos também para uma reformulação do modelo econômico no setor industrial, partindo de uma lógica colaborativa e circular que já motiva o trabalho de coletores e cooperativas em todo o Brasil.

Para trilhar esse caminho, precisamos lutar por políticas públicas eficientes, respeitar e apoiar os trabalhadores e trabalhadoras da reciclagem e fazer a nossa parte também no nosso cotidiano doméstico e profissional.

Plásticos, metais, papéis, vidros e óleo de cozinha devem ser destinados à coleta seletiva. Se você puder separar os resíduos que vão para a coleta seletiva por tipo de material, ótimo. Caso não, já está de bom tamanho separá-los do lixo orgânico e de outros resíduos sólidos que não são recebidos pelas cooperativas.

É essencial que os resíduos estejam limpos. Você pode fazer essa limpeza reaproveitando água da lavagem de roupas, por exemplo. Além disso, é importante que os objetos cortantes sejam envolvidos por papelão ou outro material e sinalizados de alguma forma para evitar que os trabalhadores que fazem a coleta e a triagem se cortem.

A instituição da Lei Nacional de Resíduos Sólidos (12.305/2010) reforçou o dispositivo da Lei Nacional de Saneamento Básico, propondo a contratação das organizações formadas por catadores para serviços de coleta seletiva nos municípios brasileiros.

Em Maceió, a coleta é feita pelas cooperativas Cooplum, Cooprel Antares, Cooprel Benedito Bentes e Coopvila, que mantêm contrato com a prefeitura da cidade desde 2017. Além de objetos de plástico, vidro, papel e metal, essas cooperativas recebem óleo de cozinha. A coleta porta a porta já é realidade em alguns bairros da cidade e, em alguns outros, há pontos de entrega voluntária disponíveis.

Clique aqui para acessar nosso mapa e verificar se há coleta porta a porta na sua região e/ou localizar o PEV ou cooperativa mais perto de você.